Logo ao sairmos das províncias de Boerta, entrávamos na mata de Jwn, a parte mais perigosa da marcha. A mata era alta e todas as suas arvores negras como um abutre envelhecido, éramos presas fáceis dos Neimos e de outros animais selvagens que habitavam Jwn.
Ao sairmos da densidade das arvores vimos o sol a algumas horas de se esconder atras das montanhas, mas ele parecia um ponto laranja no céu negro. Sabíamos que mais um dia de marcha e estaríamos no desfiladeiro de Swadh e, então, a mais dois dias de caminhada da bacia de Ficv, onde era instalada a tribo dos Neimos. Naquele lugar os Neimos eram presas fáceis para nós arqueiros, principalmente com nossas flechas de fogo.
Eis então que, ao cruzar o desfiladeiro no dia seguinte, encontramos com uma vigília de Neimos, composta de 3 arqueiros e 2 cavaleiros. Perdemos 4 homens da infantaria, mortos por flechas, mas conseguimos abater os cavaleiros antes de chegarem a Ficv e ainda ficamos com seus cavalos, que foram de grande ajuda para carregarmos as provisões.
Então, no segundo dia de caminhada após o combate, nos instalamos nos arredores de Ficv, para no dia seguinte dizimarmos o povo Neimo.
No dia seguinte, os arqueiros se posicionaram silenciosamente no entorno da bacia e, após a primeira chuva de flechas de fogo, a infantaria se revelou. Foi maravilhoso, os Neimos correndo sem direção sendo mortos por nossas espadas e os que resistiam eram mortos por nossas flechas. Vimos mulheres, crianças, idosos e todos os topos de Neimos sangrarem até a ultima gota de sangue e batemos em retirada para a nossa tribo.
Eu, a essa altura, só pensava em Crinn, e se ela estaria bem neste momento. Foram 6 longos dias de caminhada, estávamos exaustos. E, ao chegar em Boerta, vimos nossas mulheres e crianças em prantos, outro povo havia estado ali e estuprou nossas mulheres e crianças, levou nossas colheitas e roubou nossa bebida.
Ao procurar por Crinn, entrei em desespero, não conseguia achá-la! Por fim, ao clamar por ela pela ultima vez, um ramo de folhas no chão se mexeu e minha amada se anjnciou, dizendo que havia ficado escondida este tempo todo. Ao achar que matando os Neimos, poderia viver em paz com Crinn, dei conta de que nada é para sempre, os problemas sempre atordoarão a vida de qualquer arqueiro.
Página com alguns textos de um maluco de pedra que promete tentar atualizar o Blog ao menos uma vez por semana
22 de agosto de 2011
21 de agosto de 2011
O arqueiro, o atirador e o matador (parte 1 - o arqueiro)
Eu sei, sei que prometi atualizar o blog toda semana, mas é que andei meio sem tempó. Mas hoje vou contar uma estorinha para vocês.
Hoje foi meu ultimo dia de treinamento. Amanha começa a grande batalha contra os Neimos, povo rival ao nosso que da ultima vez que invadiram nossas terras estupraram nossas mulheres e crianças. Nosso povo tinha o costume de exilar as mulheres gravidas dos Neimos, junto com as crianças estupradas, os monges diziam que os deuses as consideravam impuras. Após gerações, mulheres também se tornaram grandes feiticeiras e acabaram por findar esta cultura.
Eis então que eu, filho de um neimo que estuprou minha mãe, pude crescer na tribo Boerta e ser até treinado como um arqueiro. A vida de um arqueiro é um tanto quanto trabalhosa, ao amanhecer nos reuníamos e saíamos em busca de árvores saudáveis e pedras cortantes para fabricarmos flechas. Digamos que quando se é um aprendiz temos de fazer o serviço pesado, que começa assim. Na parte da tarde aprendíamos coisas como a influencia do vento e da distância na hora de atirarmos uma flecha no inimigo. Com o tempo, nossa tribo conseguiu reunir um grande grupo, liderados por Dhorff, um antigo guerreiro remanescente da grande Guerra do Swadh, na qual poucos integrantes da infantaria sobreviveram. Aliás, somente os que fugiram ou se esconderam sobreviveram, pois o desfiladeiro de Swadh permitia grande visão aos arqueiros, além da privilegiada posição de ataque. Dhorff era um arqueiro da terceira linha, diz a lenda com 16 anos na época e pouco viu da Guerra, mas era um exímio estrategista e é baseado neste conhecimento que ele hoje nos deu o ultimo treino.
Crinn, minha amada, fez hoje uma grande festa com nossas famílias, dizendo que um grande guerreiro merece todas as aclamações antes de partir para uma guerra, pois não sabia se iria retornar para continuar as plantações e a fabricação de flechas ou espadas. Crinn tinha a minha idade, 17 anos, e nascera poucos dias antes de mim, na primavera, era uma mulher dócil, porém muito honesta e honrosa. Sempre fomos muito amigos, até descobrir os um ao outro.
Confesso, tenho medo de não voltar a vê-la, mas o sentimento de privar a todo o povo de Boerta do sofrimento consumia a mim e a todo nosso exército de mil arqueiros e dois mil guerreiros.
O dia seguinte chegou como uma nuvem negra chega no céu do inverno, imponente e solitária, mas capaz de amedrontar até o mais destemido dos animais. E, naquele cenário negro, partimos...
Hoje foi meu ultimo dia de treinamento. Amanha começa a grande batalha contra os Neimos, povo rival ao nosso que da ultima vez que invadiram nossas terras estupraram nossas mulheres e crianças. Nosso povo tinha o costume de exilar as mulheres gravidas dos Neimos, junto com as crianças estupradas, os monges diziam que os deuses as consideravam impuras. Após gerações, mulheres também se tornaram grandes feiticeiras e acabaram por findar esta cultura.
Eis então que eu, filho de um neimo que estuprou minha mãe, pude crescer na tribo Boerta e ser até treinado como um arqueiro. A vida de um arqueiro é um tanto quanto trabalhosa, ao amanhecer nos reuníamos e saíamos em busca de árvores saudáveis e pedras cortantes para fabricarmos flechas. Digamos que quando se é um aprendiz temos de fazer o serviço pesado, que começa assim. Na parte da tarde aprendíamos coisas como a influencia do vento e da distância na hora de atirarmos uma flecha no inimigo. Com o tempo, nossa tribo conseguiu reunir um grande grupo, liderados por Dhorff, um antigo guerreiro remanescente da grande Guerra do Swadh, na qual poucos integrantes da infantaria sobreviveram. Aliás, somente os que fugiram ou se esconderam sobreviveram, pois o desfiladeiro de Swadh permitia grande visão aos arqueiros, além da privilegiada posição de ataque. Dhorff era um arqueiro da terceira linha, diz a lenda com 16 anos na época e pouco viu da Guerra, mas era um exímio estrategista e é baseado neste conhecimento que ele hoje nos deu o ultimo treino.
Crinn, minha amada, fez hoje uma grande festa com nossas famílias, dizendo que um grande guerreiro merece todas as aclamações antes de partir para uma guerra, pois não sabia se iria retornar para continuar as plantações e a fabricação de flechas ou espadas. Crinn tinha a minha idade, 17 anos, e nascera poucos dias antes de mim, na primavera, era uma mulher dócil, porém muito honesta e honrosa. Sempre fomos muito amigos, até descobrir os um ao outro.
Confesso, tenho medo de não voltar a vê-la, mas o sentimento de privar a todo o povo de Boerta do sofrimento consumia a mim e a todo nosso exército de mil arqueiros e dois mil guerreiros.
O dia seguinte chegou como uma nuvem negra chega no céu do inverno, imponente e solitária, mas capaz de amedrontar até o mais destemido dos animais. E, naquele cenário negro, partimos...
Assinar:
Postagens (Atom)